(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
No final do mês passado, a Apple confirmou a existência do seu serviço de armazenamento de conteúdo na nuvem. Após inúmeros rumores, os quais em sua maioria envolviam a construção de uma imensa central de dados na Carolina do Norte, a data de lançamento do iCloud foi confirmada para o WWDC 2011 (Worldwide Developers Conference), realizado hoje (6).
Na quinta-feira (2), o site AppleInsider publicou uma foto da preparação do centro de convenções Moscone Center para a conferência que exibe o que seria a logo para o serviço de armazenamento online da Maçã. Conforme o cronograma, Steve Jobs subiu ao palco nesta tarde para apresentar seu mais novo produto: o iCloud!
Nas nuvens!
Como de praxe, o grande figurão da marca começou sua apresentação expondo o contexto atual da vida virtual: os computadores deixaram de ser o centro de armazenamento de dados. Segundo Jobs, isso funcionou muito bem durante os últimos dez anos, mas, atualmente, a internet é a grande solução para guardar conteúdo.
Conforme exposto na WWDC 2011, o iCloud terá conexão direta com o iPhone e o iPad. O usuário poderá enviar qualquer dado de seus aparelhos imediatamente para sua conta na nuvem, e o serviço poderá enviar conteúdo para os dispositivos da marca por qualquer mecanismo de conexão à internet. Ele ainda terá integração com os aplicativos instalados e tudo isso acontecerá automaticamente.
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
De acordo com Jobs, o iCloud não utilizou nada do MobileMe, o primeiro produto da empresa que esboçou a intenção de salvar arquivos na nuvem, mas que foi um completo fiasco. O novo serviço da Maçã permitirá que um contato criado no iPhone, por exemplo, seja compartilhado com outros dispositivos por meio da web.
Outras informações importantes no dia a dia dos usuários, como calendário e emails, também serão sincronizados automaticamente pelo iCloud – uma vez por dia, pelo menos. Nas palavras de Steve Jobs, “a integração é completa”. Serão 5 GB de espaço gratuito para cada usuário armazenar documentos, emails, dados de configuração e aplicativos. O espaço ocupado por músicas e imagens não será considerado nessa perspectiva.
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
Games, aplicativos e marcadores de página
Todavia, as funcionalidades deste serviço não param por aí. Ao comprar um game, o usuário deseja utilizá-lo em todos os seus gadgets com iOS. Assim, a App Store terá compatibilidade com o novo serviço da empresa. Basta um clique para baixar qualquer software ou jogo novamente, sem qualquer custo adicional.
Dessa forma, todo o conteúdo que o consumidor adquirir ao longo do tempo poderá ser transferido para novos dispositivos da marca. Outra função interessante do iCloud é a sincronização de marcadores de páginas, com a qual é possível iniciar uma leitura no iPad e continuar, posteriormente, no iPhone, sem perder suas anotações.
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
A segurança das informações
O serviço de armazenamento na nuvem da Apple também servirá como um poderoso mecanismo de backup. Com as principais informações do usuário armazenadas na web, mesmo que o gadget estrague, ele não terá grandes perdas de seus dados.
Documentos na rede
O Documents in the Clouds é mais um recurso do iCloud. Conforme pode-se perceber durante a apresentação de Jobs, essa ferramenta deve ser concorrente do Google Docs, ou seja, oferecerá suporte para a criação, edição e compartilhamento de documentos online. Ao elaborar qualquer documento, você o terá em qualquer dos seus dispositivos – inclusive para o conjunto iWorks.
A novidade foi demonstrada por Roger Rosner no palco. Na exibição, sempre que o usuário criar um documento, ele terá a opção de desenvolvê-lo na nuvem. Tanto as transferências como as atualizações dos dados ocorrem automaticamente. Rosner abriu um documento e fez o compartilhamento ao vivo. Tudo funcionou corretamente!
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
Facilidade para os desenvolvedores
Steve Jobs comentou, brevemente, sobre os APIs para o iCloud. Por meio desse mecanismo, os desenvolvedores poderão integrar seus programas às nuvens. Isso garantiria bilhões de possibilidades para os usuários compartilharem conteúdo entre os seus aparelhos da Apple. Tal função, também, é válida para Macs e PCs – para a surpresa de muitos –, fato que o transformaria em um sistema de total integração.
Fotografias compartilhadas
O Photo Stream é uma função de grande utilidade. Esse recurso permite o compartilhamento de imagens de maneira muito intuitiva e prática. Com ele, fotografias podem ser compartilhadas logo após serem tiradas. Digamos que você fotografe uma paisagem com seu iPhone. Bastam poucos cliques para enviá-la ao iCloud e, consequentemente, ao seu iPad ou computador com Windows.
Nesse último caso, as imagens serão direcionadas para uma pasta, já que esse sistema operacional não tem suporte ao programa original. Embora as figuras sejam salvas nos aparelhos, as últimas mil imagens permanecerão no serviço online por 30 dias. Outro atrativo dessa ferramenta é a compatibilidade com a Apple TV, a qual terá acesso ao conteúdo compartilhado.
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
Download de músicas
Os amantes da música vão adorar a notícia de que o iTunes terá compatibilidade com o iCloud. Conforme explicitado por Jobs, a mesma regra da compra de aplicativos na App Store vale para conteúdos adquiridos no iTunes. Assim, por exemplo, uma canção comprada pelo iPhone estará automaticamente disponível no iPad do usuário – ressaltou-se que não haverá custos adicionais para o download em até dez dispositivos.
Para músicas adquiridas por outros serviços além do iTunes, Jobs explica que o usuário tem três alternativas para compatilhá-las: sincronizar os arquivos por Wi-Fi ou cabo específico para a transferência de dados; comprar as canções no iTunes ou usar a ferramenta Match desse aplicativo.
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
O iTunes Match é a novidade. Por meio desse recurso, é possível escanear a biblioteca do seu computador e replicá-la na nuvem. Os títulos identificados são automaticamente substituídas por versões de alta qualidade – com 256 Kbps. O repositório desse serviço conta com 18 milhões de músicas. Essa funcionalidade custará US$ 24,99 por ano, com a limitação de 20 mil músicas nesse período. O iTunes para iCloud poderá rodar em dispositivos com iOS 4.